Aqui está a principal justificativa do brasileiro para não investir, segundo pesquisa

22 de maio de 2020
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Aqui está a principal justificativa do brasileiro para não investir, segundo pesquisa

21/5/2020

A maioria dos brasileiros tem interesse em investir, mas diz que não consegue por falta de dinheiro.

O diagnóstico é da pesquisa “Raio x do investidor brasileiro”, feita anualmente pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) com apoio do Datafolha.

Segundo o levantamento, entre aqueles que não investiram em 2018 e não pretendiam fazê-lo em 2019, a principal razão foi a condição financeira (56%).

Para Ricardo Coimbra, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-Ce) e professor universitário, o argumento é válido apenas para uma parte da população.

- Há pessoas com dificuldade de manter o próprio consumo, o que gera até um crescimento do endividamento e da inadimplência. Mas aquelas que possuem um nível de renda maior têm a possibilidade de aumento de poupança e não o fazem, o que está relacionado com a baixa cultura de educação financeira e acúmulo de recursos - avalia.

O que os especialistas defendem é que ter mais dinheiro não resolve o problema se não houver organização financeira, especialmente se o objetivo é fazer investimentos para o longo prazo, como a aposentadoria.

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Marcus Lima, consultor e educador financeiro[/caption]

De acordo com o professor Marcus Lima (@profmarcuslima), educador e consultor financeiro, a questão é muito mais comportamental do que financeira.

- Trabalhei no mercado financeiro por 30 anos e nesse período tanto tive clientes com renda mensal em torno de R$ 30 mil, que usavam todo o cheque especial, rotativo do cartão de crédito e ainda atrasavam seus pagamentos, como também existiam clientes com renda em torno de R$ 2 mil, que poupavam todo mês cerca de R$ 200 a R$ 300 e não tomavam crédito - ilustra.

E é justamente essa mentalidade educada financeiramente que vai levar o investidor a viver uma vida mais tranquila no futuro.

Segundo a mesma pesquisa da Anbima, 56% dos brasileiros planejam ser sustentados apenas pela previdência social quando chegar à aposentadoria. No entanto, a realidade de quem vai depender apenas do INSS está longe de ser a ideal para manter o padrão de vida.

Sem reservas, como fica aposentadoria?

Dependendo do estilo de vida que se deseja viver na velhice, contar apenas com o benefício da aposentadoria é arriscado. Isso porque, embora alguns gastos fiquem reduzidos, como as despesas com deslocamento para o trabalho, haverá outros que podem pesar muito no orçamento.

- Você tem uma diferenciação de gastos e uma necessidade de consumo diferenciada: gasta-se menos com transporte, menos com vestuário, mas gasta-se mais na área médica, com plano de saúde e remédios - observa Ricardo Coimbra.

Dependendo da situação, os custos com saúde podem até superar as estimativas.

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Ricardo Coimbra, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-Ce) e professor universitário[/caption]

O presidente do Corecon-Ce alerta ainda sobre o risco de se confiar apenas no benefício público, considerando o novo contexto da previdência social.

- A tendência é que aposentadoria do INSS tende a ser menor no futuro, até porque existe a perspectiva de desvinculação do reajuste do salário mínimo com o salário de aposentadoria. As pessoas devem se preocupar com isso e se organizar para manter o nível de renda no futuro - alerta Ricardo Coimbra.

Começar a investir

Quanto mais cedo se começa a investir, mais recursos serão gerados para o futuro. Mas, para começar, é preciso equilibrar a relação receita-despesa.

- A primeira coisa para que isso aconteça é fazer um orçamento familiar, listando todas as receitas e todas as despesas. Depois, junto com a esposa e filhos, definir metas e combinar o que precisa ser feito para mudar de situação - ensina Marcus Lima.

Para o educador, é preciso fazer boas escolhas desde o início e ter disciplina na busca por uma boa reserva, que pode ser feita em ativos financeiros como, renda fixa ou renda variável, fundos, CDBs ou previdência privada.

- Fazendo um orçamento equilibrado, contemplando uma reserva todo mês, podemos sim ter uma vida mais tranquila e nossas necessidades atendidas. Tudo depende do nosso padrão de vida e das nossas escolhas. A lógica é plantar hoje para colher amanhã - finaliza.

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